Mais de 100 amantes da ufologia se encontram para debater casos de aparições de objetos voadores não identificados nos rios da Amazônia durante a palestra com o ufólogo José Gevaed
José Gevaerd é um dos ufólogos mais respeitados do Brasil e com mais de 10 passagens pela Amazônia. Ele possui horas de gravações com relatos dos ribeirinhos |
Quem tem um pouco mais de 30 anos deve
se lembrar da Operação Prato, que em 1977 levou a Força Aérea Brasileira
(FAB) a investigar casos de aparecimento de Objetos Voadores Não
Tripulados (Ovnis) na Amazônia, principalmente no Estado do Pará. Alguns
nem imaginam, mas no Amazonas há muitos grupos que estudam ufologia e
garantem que já tiveram experiências extraterrestres.
O
funcionário público Roberto da Silva, 47, afirma que viu um Ovni um ano
antes do início da operação Prato, que investigou relatos de
ribeirinhos sobre um objeto luminoso lançando feixes de luz nas pessoas,
apelidado de “chupa-chupa”.“Eu ainda era criança e morava no beco São
Domingos, no Centro.
Estava jantando
com minha avó e meus tios quando vimos pela janela um objeto redondo,
com uma luz intensa, na avenida Constantino Nery, onde hoje em dia
funciona o Terminal 1. Depois de alguns minutos aquela luz se dissipou.
Meses depois eu vi aquela luz novamente, no mesmo lugar”, relata.
Depois
de duas experiências, Roberto passou a se interessar pelo assunto e a
pesquisar. Mas ele não é o único apaixonado por ufologia em Manaus. Na
última quinta-feira, uma palestra com um dos ufólogos mais respeitados
do Brasil e editor da revista UFO, José Gevaerd, reuniu aproximadamente
150 fãs de ufologia.O contador Rui Brasil, 53, é um dos que fazem parte
de grupos de estudos sobre ufologia na capital.
“Existem
vários grupos que muitas pessoas nem imaginam. Costumamos nos reunimos
em casas de amigos, onde cada um segue uma linha de estudo”, explicou. O
comerciante Roberto Wagner, 47, participa do mesmo grupo que Rui e
conta que o universo da ufologia é fascinante.
“Geralmente
as pessoas entram nesse mundo porque tiveram alguma experiência. Os que
se interessam por curiosidade, depois de um tempo, acabam notando que
já houve algum fator anterior que influenciou a isso”. Segundo ele,
atualmente há relatos de aparições na comunidade Tumbira, à margem
direita do rio Negro.
“Ouvi relatos
de que alguns artesãos têm essa experiência por lá”. O ufólogo José
Gevaerd conta que veio ao Amazonas pelo menos dez vezes para fazer
pesquisas de campo. “Tento vir regularmente, pois um dos meus pontos de
pesquisa é na região do arquipélago de Anavilhanas e na comunidade de
Acajatuba, ambos no rio Negro. Conheço pessoas que me relataram
experiências fascinantes nesta região”, pontuou.
Divulgação de ‘documentos secretos’
No
ano passado, o Comando da Defesa Aeroespacial Brasileiro divulgou o
terceiro lote de “documentos secretos” sobre as investigações de casos
de Ovnis no Brasil até 2010. Na lista de documentos, existem cinco casos
no Amazonas que foram registrados pela Força Aérea, entre eles, o caso
“Parintins”, que aconteceu em janeiro de 1981, um relato em Estirão do
Equador e outros três em Manaus.
A
ufóloga Umaia Ismail, autora do livro “Contatos extraterrestres na
Amazônia”, no qual relata a história verídica de uma moça que manteve
contato com “seres de outras dimensões” por mais de 10 anos, conta que
há muitos relatos de aparições no Amazonas, principalmente na BR-174 e
em uma região do município de Iranduba (distante 27 quilômetros de
Manaus).
“Pode ser que exista nessas
localidades uma espécie de portal que facilita entrada e saída deles. A
física quântica, por exemplo, já está demonstrando que existe mais de
uma dimensão. Alguns teóricos interpretam que existem no mínimo 10
dimensões interagindo no mesmo espaço tempo. Essas civilizações já estão
entre nós há muito tempo”, conta.
Experiência de quem teve contato
De
acordo com o ufólogo José Gevaerd, a maioria de seus entrevistados
relatam que já tiveram experiências. “Quando chego aqui, arranjo um
barco com motor de popa e falo pro canoeiro subir o rio.
De
10 pessoas que eu entro na casa para conversar, as 10 me contam algum
relato mais simples. Uns dois ou três me contam boas histórias. Saio
dessa região com horas de gravações”, conta. Gevaerd revela que os
municípios de Tefé, no rio Solimões, e São Gabriel da Cachoeira, no alto
rio Negro, também são regiões de alta incidência de Ovnis.
“Na
Amazônia há uma magia maior, aqui tudo se torna em lenda, o caboclo vai
dizer que viu uma tocha, um navio fantasma. Eles descrevem terem visto
um forno de farinha iluminado sobrevoando o céu, falam de procissão
fantasma, objetivo de várias luzes e fogo fato. Mas sabemos que se trata
se seres extraterrestres”. A ufóloga Umaia Ismail garante que já teve
algumas experiências com extraterrestres. “Já tive várias experiências,
onde eu percebia que eles estavam ali sentia o campo vibratório. A
energia muda completamente, por isso que antigamente eles foram
confundidos com deuses”.
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